Maria Flor diz que sua vantagem é não aparentar idade

Maria Flor é a protagonista de 'A de Menor do Amazonas', episódio de 'As Brasileiras'. Foto: TV Press

Por trás do jeito tímido e delicado de Maria Flor, esconde-se uma atriz de espírito aventureiro. “Adoro viajar. E é muito bom quando um trabalho me leva para outros lugares. Essa ambientação é importante. Sair do estúdio deixa a atuação mais sólida”, analisou a atriz, que para gravar as cenas de A de Menor do Amazonas, episódio da série As Brasileiras, viajou até a capital do estado retratado, Manaus, onde pôde observar os costumes, sotaques e tradições da Região Norte do País. Para Maria, um dos pontos altos da preparação para o trabalho foram os mergulhos e passeios no famoso Rio Negro, que banha a cidade amazonense e ganha ares de personagem da trama. “As gravações foram uma delícia. Pena que duraram apenas uma semana”, relembrou.

Com exibição prevista para o dia 5 de abril, o episódio protagonizado pela atriz conta a história da ninfeta Shirley. Corpo de mulher e semblante de menina, a personagem vale-se de sua sensualidade pueril para mexer com a imaginação dos homens que trabalham na Zona Franca de Manaus, pólo industrial da região. “Ela trabalha em uma birosca e é muito paquerada. Acaba sendo atacada pelo patrão, fica assustada e foge em um barco”, resumiu Maria, que aos 28 anos, mantém o rostinho de garota. Tanto, que nem precisou de muitos recursos para parecer uma menina de 14 anos. “Sou magrinha, porte pequeno, muita gente acha que sou mais nova. Até hoje ainda sou barrada em porta de boate. Acho isso maravilhoso!”, entregou, aos risos.

De bem com o tempo, Maria acredita que não aparentar a idade real é positivo tanto para a vida pessoal, quanto para a carreira. “Essa característica sempre me ajudou a transitar bem por personagens mais velhas e mais novas”, acredita a atriz, que não esconde a felicidade de participar da série, derivada do sucesso de As Cariocas, ambas dirigidas e idealizadas por Daniel Filho. “Assisti As Cariocas e adorei! O texto é muito bom. Abrir o leque de possibilidades e contar histórias de todas as regiões do Brasil foi uma grande ideia”, elogiou.

As Brasileiras marca a volta de Maria à TV, quase um ano depois do precoce fim de Aline, seriado cancelado durante a segunda temporada. Por conta dos baixos índices de audiência, a Globo nem chegou a exibir todos os episódios prontos da série sobre a moderna e ousada personagem, baseada nos quadrinhos de Adão Iturrusgarai. “Foi uma surpresa. Era um trabalho muito querido por mim e por todos da equipe. Mas na TV, quem manda é o ibope”, ressaltou. Para curar a tristeza, nada melhor do que se envolver em novos projetos. Ainda mais se for um filme dirigido pelo incensado Fernando Meirelles, de Cidade de Deus, com quem Maria trabalhou na série Som & Fúria, de 2009.

Rodado na Inglaterra e com estreia prevista para março, o longa 360 fala sobre a integração social a partir das relações sexuais, e conta com Anthony Hopkins, Rachel Weisz e Jude Law no elenco. “Quando recebi o convite para fazer os testes, não imaginava que teria de contracenar com um ator da importância do Anthony. Fiquei muito nervosa. Foi uma experiência que me marcou muito como atriz”, recordou. Durante a estadia em Londres, cidade que conhece desde os 14 anos, Maria ainda pôde mostrar sua porção apresentadora com o programaTodo Mundo, do Multishow. De forma informal e documental, nos quatro episódios exibidos em dezembro do ano passado, ela deu dicas da cidade e conversou com brasileiros que residem por lá. “Recebi uma resposta muito positiva do público nas ruas e redes sociais. Ser apresentadora não é uma prioridade. Simplesmente aconteceu. Posso até repetir, mas meu foco mesmo é atuar”, destacou.

Texto feito pelo portal Terra.

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