‘Crítica & Opinião’: Hoje ás 19h para quem perdeu

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Atenção leitores que perderam a estreia de ‘Crítica & Opinião’ ontem com o tema “Lado a Lado: a história que se encerra” não perca hoje uma edição-extra exclusiva de reapresentação da coluna de estreia ás 19h aqui no O canal. Não deixe de conferir e comentar!!!

Para contato com o colunista: matheusbalbueno@msn.com

Matheus Balbueno – Redação O Canal

‘Crítica & Opinião’: “Lado a Lado: a história que se encerra”

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LADO A LADO: A HISTÓRIA QUE SE ENCERRA

Por Matheus Balbueno

O dia era 10 de setembro de 2012 e o canal a Rede Globo de Televisão, no horário das 18h, o menos privilegiado na emissora, estreava uma obra-prima da teledramaturgia brasileira no quesito época, Lado a Lado.

Os autores João Ximenes Braga e Cláudia Lage nos brindam com uma história que se passa no início do século XX, mais exatamente com início em 1904, uma parte da história brasileira que jamais fora retratada em novelas de época que tradicionalmente usam como pano de fundo o Brasil escravagista do século XIX. Em 1904 nosso país já era uma República, que chegou em 1889, e os costumes começavam a se modificar, o Império havia caído e junto com ele praticamente todos os títulos de nobreza existentes. Os grandes fazendeiros começavam a falir e a entrar na ruína com o fim da mão-de-obra escrava. Eis aí onde se origina o drama de Constância Assunção, a não mais Baronesa da Boa Vista e antagonista da história brilhantemente interpreta pela excelente atriz Patrícia Pillar. O quarteto protagonista é formado por Marjorie Estiano, Thiago Fragoso, Camila Pitanga e Lázaro Ramos que defenderam seus papeis com maestria.

Lado a Lado é a prova de que ainda é possível se executar excelentes novelas sem recorrer a histórias já aclamadas no passado. Os novos talentos da dramaturgia são capazes de escrever grandes novelas também, e depois dos autores novatos de Cheias de Charme, os novatos de Lado a Lado só conservam essa teoria. A novela foi bem estruturada, bem amarrada, com uma história clássica e ao mesmo tempo inovadora. Os vilões ali reinavam soberanos, mas sem nunca retirar o brilho dos protagonistas, o que é difícil de acontecer e até mesmo os coadjuvantes quando apareciam se destacavam. A trama muito bem amarrada prendia o telespectador e o cativava a cada capítulo. Um elenco de peso, digno de horário nobre, onde até aqueles grandes atores em papeis menores obtiveram êxito, a direção e demais equipe técnica se juntam a tudo isso sem deixar de receber os devidos elogios.

Laura e Isabel, as protagonistas defendidas respectivamente por Marjorie e Camila, eram opostas e mesmo assim semelhantes. Cada uma desenvolveu uma parte da história que é entrelaçada nos detalhes, a amizade das duas que prevaleceu por durante quase toda novela (com eventuais momentos separadas devido a brigas causadas por antagonistas) era algo sincero e bonito de admirar. Seus pares românticos respectivamente Edgar e Zé Maria, defendidos por Thiago e Lázaro, mostram que realmente por trás de grandes homens existem grandes mulheres. Os vilões se destacam em muitos aspectos, e antagonistas foi o que não faltou em Lado a Lado: Constância, Carlota, Berenice, Caniço, Fernando, Catarina, Bonifácio e até mesmo a divertida Neusinha abrilhantavam e enriqueciam a novela. Os coadjuvantes dos quais cito Diva, Sandra, Teresa, Eulália, Mário, Frederico, Afonso e Tia Jurema sem desmerecer nenhum outro, cumpriram suas funções e também enriqueceram a trama.

Quanto aos atores e atrizes é difícil de elogiar apenas alguns, mas deixo claro que todos aqueles que fizeram parte desse grande elenco merecem uma homenagem, me atrevo a destacar alguns como Patrícia Pillar, principalmente, Marjorie Estiano, Thiago Fragoso, Lázaro Ramos, Camila Pitanga, Rafael Cardoso, Alessandra Negrini, Caio Blat, Sheron Menezes, Cássio Gabus Mendes, Zezeh Barbosa, Isabela Garcia e Maria Padilha.

A história se desenvolveu com naturalidade, calma e sem fadigar o telespectador. Atrativos e tramas paralelas ao longo da trama principal contribuíram com isso e seu final foi condizente com toda novela, ótimo, digno e natural. Todos aqueles que cometeram suas vilanias foram punidos, os mocinhos conciliando as dificuldades terminaram juntos e felizes, os coadjuvantes não foram esquecidos e as participações lembradas. Destaque para o final da grande antagonista, Constância, que teve o que mais temia: a solidão. Solidão fruto de seus preconceitos e ultra-conservadorismo.  Depois de perder Laura, Albertinho, Elias e finalmente Assunção ela foi mandada de carroça para uma fazenda pobre e afastada no interior, destaque especial para a cena onde troca de veículo atravessando a lama para pegar o seu carro-de-boi.

Enfim, Lado a Lado foi uma ótima novela, com alguns tropeços devemos admitir, mas que acima de tudo se mostrou excelente e bem produzida. Sua audiência fadada a ser a menor do seu horário é inversamente proporcional a sua qualidade, mostrando que não apenas os números do IBOPE julgam uma boa trama já que a história foi aclamada unanimemente pela crítica. Lado a Lado deixa um vazio em seus telespectadores, saudade e com certeza é uma excelente candidata ao Vale a Pena ver Novo (que fará jus ao seu nome) daqui a alguns anos.

É isso por hoje pessoal, semana que vem tem mais, no mesmo dia e horário, sábado ás 21h. Não deixem de comentar!!!

Para contato com o colunista: matheusbalbueno@msn.com

Matheus Balbueno – Redação O Canal

O poder da Critica

tv criticaEm jornalismo, crítica é uma função de comentário sobre determinado tema, geralmente da esfera artística ou cultural, com o propósito de informar o leitor sob uma perspectiva não só descritiva, mas também de avaliação.

A crítica é feita pelo crítico, jornalista ou profissional especializado da área, que entra em contato com o produto a ser criticado e redige matérias ou artigos apresentando uma valoração do objeto analisado. Em geral, o crítico não pode apresentar uma avaliação puramente subjetiva, mas também deve apresentar descrição de aspectos objetivos que dêem sustentação a seus argumentos.

Alguns críticos, como os de cinema por exemplo, costumam encerrar suas matérias atribuindo notas ou conceitos (como estrelas, pontos ou bonequinhos) à obra criticada.

Normalmente, as empresas que produzem ou comercializam estas obras tentam cooptar o crítico para obter avaliações positivas, às vezes ofertando presentes e outras barganhas ao jornalista, o que envolve uma questão ética por parte dos profissionais envolvidos.

O tipo mais comum de crítica é a Crítica Cultural, embora a rigor haja também críticas a todo tipo de produto ou serviço disponibilizado ao público. De acordo com a sua credibilidade, críticos podem alavancar ou destruir carreiras de muitos profissionais. Daí a importância da responsabilidade com que devem encarar o seu poder.

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