Rosane Svartman e Paulo Halm estão de novo à frente de “Malhação”. Isso já nos permitiu morrer de amores por novos personagens, shippar novos casais, mas, também, matar a saudade de Fatinha (Juliana Paes), Orelha (David Lucas), Morgana (Cacau Ottoni) nem que fosse por uma tarde. Ou, como é no caso de Nando Rocha (Leo Jaime), ter de volta um personagem pelo qual temos muito carinho.

Os dois autores, que confessam até cantar na hora de escrever os capítulos que vemos na telinha, falam aqui sobre o que podemos esperar da história a partir deste capítulo 100, que vai ao ar nesta segunda-feira. O que já dá para saber é que mais gente vai chegar para agitar essa história, como é o caso de Vicki (Manu Gavassi). Outras pessoas estarão só de passagem, como é o caso de Irene Ravache, que faz uma participação como ela mesma no capítulo desta quarta-feira.
Vem conferir os que eles falaram sobre os rumos da história, as apaixonadas torcidas na internet e como é escrever uma trama que dura quase um ano no ar a quatro mãos. Aproveitem!
O capítulo 100 marca de que forma a história?
É um momento importante, apesar de ainda não ser exatamente a metade da temporada. Estamos programando uma passagem de tempo de três meses. Novas histórias começam, grandes segredos são revelados e outros ainda permanecem para serem desvendados durante a trama. Alguns exemplos: a barriga da Mari (Maria Luiza Campos) cresce, mas ela vai ter problemas durante a gravidez, a dor de Duca (Arthur Aguiar) e Dalva (Iná de Carvalho) está um pouco mais sob controle e a doença de Lucrécia (Helena Fernandes) já está difícil de esconder.
Até agora, vocês conseguiram colocar no ar tudo o que tinha planejado?
“Malhação” é uma obra aberta, mas até agora estamos bem felizes com o resultado e com os talentosos atores que contam essa história nas mãos de uma equipe tão dedicada e brilhante. Depois de tantos elogios, é preciso dizer que ver o programa no ar às vezes nos inspira a criar novos desdobramentos para as histórias que já estavam previstas.
Teve alguma mudança em relação à sinopse?
Ainda não teve nenhuma mudança significativa à sinopse, mas algumas tramas começaram mais cedo, como a de Alan (Diego Amaral), por exemplo. Já outras, como a chegada de Henrique (Michel Joelsas) e do misterioso pai de Sol, nós tivemos que atrasar um pouco, mas tudo dentro do previsto.
Já ter escrito uma temporada torna o processo mais fácil agora?
Escrever um capítulo por dia, e na última temporada chegamos a 227 capítulos(!), é um trabalho insano, mas extremamente prazeroso. Com certeza, a experiência anterior ajudou a tornar a o dia a dia, graças a metodologia que Glória Barreto ensinou com muita generosidade e talento, algo menos estafante. Não basta ter ideias, é preciso organizá-las ao longo dos capítulos, imaginando viradas e desdobramentos ao longo de meses.
Como vocês tiveram a ideia de trazer personagens antigos para participações? Mais alguém vai aparecer pela Ribalta?
Temos muito afeto, assim como uma parte do nosso público, aos atores e aos personagens que marcaram nossas vidas durante a temporada 2012/13. É que quando escrevemos, parece que vivemos junto com nossos personagens suas aventuras. Também sentimos saudade e as participações, tão generosas e afetuosas, são uma forma de matar um pouquinho desta saudade. Muitos dos atores estão reservados ou em outros produtos, então as participações tem que ser pensadas caso a caso. Já o Nando Rocha, personagem do Leo Jaime, está presente desde o começo da sinopse. Ele é um mestre politicamente incorreto e um trapalhão adorável que não queremos abrir mão de maneira nenhuma.

Essa temporada estará no ar quando o programa completar 20 anos no ar. Vocês pensam em usar isso de alguma maneira na história? planejam fazer alguma ação?
Dentro da história ainda não sabemos, gostamos de fazer homenagens a temporadas passadas como fizemos com a música do Charlie Brown Jr. na temporada de 2012/13. Mas ainda não planejamos nada.
Em relação às outras temporadas, essa é muito ágil. Tem essa preocupação mesmo, de que a trama seja rápida?
Acho que a dramaturgia vai mudando ao longo do tempo, essa temporada tem o ritmo dos produtos audiovisuais que vemos hoje em dia. Ou então, somos pessoas mais ansiosas mesmo.
Algum personagem ganhou mais destaque por causa da atuação? Alguma surpresa no elenco?
Estamos muito, muito felizes com nosso elenco. Como o programa é curto, tentamos dar destaque a diferentes personagens a cada semana.
Vocês usam a rede social como um termômetro para vocês decidirem os rumos da história?
A rede social não é bem um termômetro, já que nosso público é bem heterogêneo apesar do programa ser sobre o universo jovem de uma grande cidade, mas é uma oportunidade para o diálogo. E nós adoramos esse diálogo! Nosso público nas redes sociais é passional, dedicado e principalmente muito crítico.
Há uma torcida grande tanto pelo casal Perina e Duanca quanto por Cobrade, que são os vilões. Surpreendeu essa torcida por um casal que está sempre armando?
O que surpreendeu foi que as torcidas, pelo menos nas redes sociais, são muito passionais e até discutem entre si (Dunat X Duanca, por exemplo). Mas isso, para a gente, significa que os casais funcionam, os atores têm química e os personagens rendem. Em relação a Cobra (Felipe Simas) e Jade (anaju Dorigon), há que entender que eles não são exatamente vilões, mas jovens que se deixam seduzir pelo caminho mais fácil para obter seus objetivos e sonhos. Tomam atitudes erradas, maldosas até, mas fica patente que eles sofrem as consequências por seus atos, muitas vezes têm crises de consciência. São personagens ambíguos, contraditórios e profundamente humanos nos seus erros. Mas são apaixonados e intensos, e quando estão juntos, seus conflitos internos afloram e, óbvio, sai muita faísca desse atrito. Isso torna o Cobrade um casal tão intenso e apaixonante.
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