“O CanalTV! Entrevista” Alexandre Mortagua manda recado para o pai, Edmundo.
05/04/2012 Deixe um comentário
Alexandre Mortágua é filho do ex-jogador de futebol Edmundo e da ex-modelo Cristina Mortágua. Mesmo jovem, ele já está na mídia desde o nasceu. O pai, não quis manter contato com o filho, e Alexandre cresceu e foi criado sem a figura paterna. Recentemente, ele se envolveu com uma confusão com sua mãe, e ambos acabaram na delegacia. O jovem que não tem medo de falar sobre nenhum assunto, conversou com a coluna, veja:
Alexandre, como era a sua relação com a sua mãe antes da confusão envolvendo vocês?
Era uma vida normal, com problemas que qualquer adolescente tem com uma mãe. Mas, nada que desse uma pista que chegaria aonde chegou.
Você vive com quem hoje em dia?
Com minha avó materna.
Quando houve a confusão entre vocês, qual foi a ultima gota para chegar a um nível de denuncia na policia?
A última gota foi quando ela tentou me bater e não conseguiu. Ela quase conseguiu, mas sou maior e mais forte. Ela não estava drogada nem bêbada, apenas tomava remédios controlados e estava nervosa.
Como está sua relação com ela hoje?
Estamos muito bem. Muito melhor até do que antes da briga. Não temos mais aquelas obrigações de acordar, olhar para a cara da pessoa e manter a convivência. Depois que você convive você percebe que as relações seriam mais interessantes se fossem separadas. Hoje, nos entendemos mais.
Você cresceu sem uma figura paterna. Como você lidou e lida com isso?
Eu estava falando isso com a minha avó e minha mãe. Minha avó cresceu sem pai, assim como a minha mãe e eu. Nunca faltou nada para minha mãe por ela não ter tido essa figura paterna, e espero chegar lá assim como ela chegou. Mas, faz falta. Você não entende porque seu pai não vai te buscar no colégio, por exemplo. Mas, hoje em dia é mais fácil de lidar.
Seu pai é um ex-jogador famoso, o Edmundo. Ele paga pensão diretamente para você?
Não, para minha avó.
Você já foi pressionado a ser jogador de futebol?
Sempre fui pressionado. Todos olham para mim e falam: “você não sabe jogar”? Eu não sei, mas se eu tivesse talento, eu seria. Eu jogaria por uns 5 anos, guardaria dinheiro. Só faria por dinheiro.
Você é homossexual. Você ainda sofre preconceito ou se importa com ele?
Sim. Mas, eu não dou espaço. São poucas as pessoas que tem intimidade de vir falar comigo. Já percebi olhares, mas nada que me abalasse. Bullying não funciona comigo.
Qual é a profissão que você deseja seguir?
Eu quero fazer moda. Estudo modelagem e alfaiataria. Quero abrir minha própria marca.
Qual o recado que você mandaria para o seu pai, hoje?
Não sei o que eu diria. Acho que serei meio cafona, mas falar de pai e mãe é sempre cafona. Eu mandaria a letra “Pai” do Fábio Jr. Eu ouço a música e já me lembro dele, de como foi difícil crescer sem um pai.
Como é a sua relação hoje com ele?
Acho que já é diferente do que era há 1 ano e meio atrás. Temos contato, mas não com frequência. Não é a primeira pessoa que eu ligaria.
Você falou com muita segurança quanto sua sexualidade, que recado você mandaria para jovens que assim como você, sofrem de preconceito, seja ele qual for?
Amigos e família vão. Mas, no final das contas você tem que estar bem com você. Pode parecer pessimista, mas quando você for deitar para dormir, você não vai pensar nos problemas que os outros estão passando. Resumindo, você tem que estar bem consigo mesmo, para que o outro, mesmo que enxergue, não consiga te afetar com a sua condição, diferença ou como você tenha nascido. É muito mais amplo que sexualidade, envolve outros preconceitos. Querendo ou não, quem vai demonstrar ser uma pessoa preconceituosa com você é uma pessoa que você não precisa…
Muito grato pela excelente entrevista Alexandre.
Não se esqueça que você pode dar elogios, criticas e sugestões para futuras entrevistas. Basta ir no twitter @marcussadok e falar comigo.
Na próxima segunda, a entrevistada é a “mulher rica”, caminhoneira e simpaticíssima Débora Rodrigues, até!
Marcus Sadok
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