Com bom humor e otimismo, Paulo Henrique Amorim destaca ascensão da classe C
27/08/2011 10 Comentários
Na abertura do evento, quinta à noite, o jornalista da Record apresentou a nova massa de consumo do Brasil e os diferenciais do mercado interno para manter o crescimento do país…
(Da Assessoria/ACEFB)

Paulo Henrique Amorim
(foto: assessoria)
(foto: assessoria)
Francisco Beltrão – Como não poderia ser diferente, a saudação da noite foi um “olá, tudo bem?”, típico bordão do palestrante, o apresentador Paulo Henrique Amorim, que lotou o auditório da Unioeste na abertura da Semana Empresarial de Francisco Beltrão.
Durante pouco mais de uma hora, Paulo Henrique falou sobre o bom momento que o Brasil vive no cenário econômico mundial, destacou a ascensão da classe C e também propiciou alguns risos ao se desculpar por não trazer a Ana Hickmann e logo de início fazer uma recomendação para afastar o pessimismo: “não durmam com o William Waack (apresentador do Jornal da Globo) e nem acordem com a Miriam Leitão (comentarista do Bom Dia Brasil)”.
De acordo com Paulo Henrique, o Brasil se tornou uma típica sociedade capitalista de classe média, faixa da sociedade que nos últimos dez anos angariou 50 milhões de pessoas, mas o grande diferencial dos outros Brics (Russia, Índia e China), é que somos uma democracia. “E isso eu acho fantástico, digo, espetacular”, disse ele, ironicamente. “Portanto, as regras que submetem o país devem ser sob o interesse e aspiração de progresso da classe média”, completou o palestrante.
Num momento em que os EUA estão receosos com sua dívida pública e a União Européia enfrenta uma crise e mal pode cobrir a previdência, o Brasil desponta com destaque, segundo Paulo Henrique, e isso, justamente por ter mercado interno consumidor, propiciado pelo aumento do salário e de empregos formais, os maiores números da história do país. “Não é uma crise de solvência, não vai quebrar os EUA. Ocorre que as empresas estão abarrotadas de dinheiro, os bancos cheios da grana, mas a empresa tem medo de vender e o banco medo de emprestar, porque o consumidor não está comprando com medo do desemprego. É mais que uma crise de confiança, é uma crise de desemprego, e o governo, com sua medida de restrição de gastos, não está se inspirando no Brasil para sair dessa”, disse Paulo Henrique.
“Já no Brasil, a situação é de apenas administrar os desafios da expansão econômica”, complementou ele. E a situação é ainda melhor que em 2008, pois agora temos U$$325 bilhões de reservas cambiais e somos o terceiro maior credor dos EUA, atrás de China e Inglaterra, além de em julho o salário médio do brasileiro ter registrado a histórica marca de R$1.610.
É neste contexto que se insere a classe C, faixa dos que ganham entre R$1.500 e R$4.500, e que tem potencial de fazer o país crescer financiando seu mercado interno. Com base em um estudo encomendada pela Rede Record sobre a classe C, Paulo Henrique destacou algumas de suas características: “é mais jovem (entre 30 e 35 anos), mais miscigenada, concentra cerca de 50% da renda e um terço dessas famílias são comandadas pela mulher”.
Durante a palestra, ele elencou alguns pontos importantes para o desenvolvimento do país, como o crédito para compra de veículos e imóveis, a mobilidade social dos estudantes universitários e retirada de profissionais da informalidade. Por fim, brincou com a esperança de a Hebe Camargo poder casar com o Roberto Carlos e destacou um estudo que diz que em poucos anos os Brics terão maior poder que todo o G7.
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