‘Rei Davi’ é um dos maiores orçamentos da TV aberta
31/01/2012 1 Comentário

Mas sempre há onde melhorar. E, no caso de Rei Davi, fica evidente a necessidade de se preocupar ainda mais com os efeitos especiais. O embate entre Davi ainda pastor, na pele do seguro e bem preparado Leandro Léo, e um urso não chegou a lembrar a constrangedora luta de Sansão, de Fernando Pavão, com um leão. Mas poderia ter ficado bem mais convincente. Assim como a sequência em que o profeta Samuel, de Isaac Bardavid, mata o rei amalequita, cortando-lhe a cabeça.
A melhor surpresa veio mesmo nos salmos cantados em hebraico por Leandro Léo. O jovem ator, que também é cantor, se saiu muito bem na função, dando um charme a mais à fase ingênua de Davi, que esta semana será substituído por Leonardo Brício. O mesmo não se pode dizer da escalação de Marly Bueno para viver a vilã Ainoã, mulher do Rei Saul, de Gracindo Jr. Foi inevitável a sensação de “déjà vu” ao se constatar, já no primeiro capítulo, que até em tramas passadas no Velho Testamento a atriz interpreta a mãe ranzinza que inferniza o filho e a nora.
O discurso mais atual e a linguagem informal são, sem dúvida, tentativas de uma comunicação mais eficaz com as classes populares. Mas o que por um lado facilita o entendimento, por outro causa certa estranheza. Principalmente por se distanciar demais de tudo que é visto em cena. Chega a ser curioso que não tenham se preocupado em criar uma forma universal de falar que fosse de fácil compreensão e, ao mesmo tempo, preservasse o tom de épico da série.
muito bom