Briga por audiência na televisão não é uma notícia da modernidade


Não é de hoje que a guerra pela audiência entre as emissoras de televisão gera notícias e reportagens em outros veículos de comunicação. Desde que a TV no Brasil deixou de ser uma paixão e se transformou em negócio rentável, todas as estratégias foram utilizadas para atrair a atenção do telespectador e garantir elevados números. Em março de 1976, a revista “Veja” destacava o ataque da extinta TV Tupi à Rede Globo. Naquela época, a empresa de Chateaubrind conseguiu melhorar sua audiência no domingo à noite com o humorístico “Os Trapalhões”, recém contratados da TV Record. A reportagem da revista também mostrou a troca de passes de artistas e escritores, algo que acontece atualmente entre Globo e Record. Há 34 anos, os principais atores (ou pelo menos os mais populares) trabalhavam em folhetins de grande sucesso da Tupi e, aos poucos, foram seduzidos pela empresa carioca. Quando o império de Assis Chateaubrind quebrou, muitos arrumaram as malas e trocaram de cidade. O fato é que o tempo passa, mudam os diretores, trocam-se os programas, o cenário empresarial é outro e as estratégias são muito parecidas. Se em 1976, a Tupi atacava o “Fantástico” com “Os Trapalhões”, hoje a Record usa o ‘Domingo Espetacular” como sua arma e a Rede TV! ajuda neste processo com o “Pânico na TV”. Daqui a 34 anos, a “Veja” destacará em suas páginas (de papel ou virtual) que a guerra pela audiência na TV ainda é um assunto popular e que merece uma boa reportagem.

Por: José Armando Vannucci

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